terça-feira, 25 de setembro de 2012

Casco fechado, lixado, fibrado, emassado

Casco fechado e início do lixamento.

Uma vista pela popa


Já lixando os dois lados


Essa é uma das fotos que mais gosto. Ver o casco lixado é muito realizador.

Armando mais uma estrutura para executar o corte da popa


Preciso pensar para tentar explicar. Essa foi a minha solução, já vi várias outras. . . .

Em resumo, usando os strips criei um plano inclinado através do qual marquei a linha de corte no casco


A linha mais fraca estava errada. E o medo de cortar errado . . .

Casco limpo, era hora de testar outra dica do Dorival. Usando um pedaço de curvim ( do mesmo tamanho que eu havia solicitado o corte da fibra) fui fazendo as marcações das camadas de fibra que seria amplicadas. Aí surgiram as rugas . . .

Outra faixa e outras rugas


Fibragem


Fibragem



Essa foto é sensacional. Fazer a proa com tecido combinado de 600g/m não é pra qualquer um não. Obrigado novamente ao Dorival. Ele me deu uns pedaços de tecido de 290 g/m. Bem mais maleáveis e muito mais fáceis de serem trabalhados. É só fazer a somatória final da quantidade de g/m2 ser igual. Ou seja aumentar a quantidade de camadas. . . . é só fazendo que se apanha



Alguém conhece o barco abaixo? É o Luthier do Dorival. Obrigado amigão


Camada de reforço na região da quilha


Após lixar e limpar o casco inicio da aplicação da camada de massa de regularização.



Casco emassado



A marcação para o corte da popa sumiu né!


Marcações refeitas



Corte da popa feito (ainda instalada a ultima baliza)


O tripé com luminária foi usado para detectar irregularidades no casco (sombra e luz)




Essa proa . . .


Essa é boa né?


Colagem dos strips

Dezembro 2006
Uma vez fixadas as balizas passei duas camadas de fita adesiva a fim de impedir que o epoxy colasse no MDF. A roda de proa foi feita a partir de 2 pranchas de cedro conforme mostrado no projeto. Da pra ver bem a curva na proa do casco.


Abaixo os primeiros strips colados e o resto nas prateleiras ao lado, devidamente separado por comprimento.

O Dorival (do Luthier) me deu de presente um "jig" para corte de strips com serra tico-tico. Eu dei uma aperfeiçoada na traquitana para poder usar serra circular manual.
O jig consiste de 2 strips fixados paralelamente sobre uma prancha de forma que se possa encaixar entre esses strips o strip a ser cortado com a inclinação recomendada no projeto (os strips são côncavos em uma borda e convexos em outra). A seguir é só fazer o ajuste da altura de corte na serra circular e começar a cortar . . fácil? Não. Na hora de colar é que se é um tal de inverter o lado.
O ideal é, antes de cortar, fixar com grampos plásticos e identificar cada uma das extremidades pois os cortes serão simétricos. Se eu encontrar uma foto coloco aqui.
Conforme a quantidade de strips colados ia aumentando também crescia a dificuldade em fixá-los pois não tinha como prendê-los com os grampos disponíveis. Bolei a seguinte solução.

Olha aí as barras rosqueadas novamente. Pedi para um serralheiro que fizesse 20 peças. São 3 pedaços de metalon soldados em forma de U e em cada lado tem uma porca soldada por onde passa um pedaço de barra rosqueada com uma "borboleta" na parte superior. A idéia é usar os strips já colados como apoio ao strip que está sendo colado. O grampo de 3 pontos só era usado durante a colagem pois depois que a cavilhas eram colocadas (sempre oblicuas e em direções opostas) o strip estava preso e o grampo de 3 pontos poderia ser retirado.


O andaime na lateral foi fundamental mas a partir de certo ponto começou a ficar difícil. A solução foi começar a trabalhar pelo lado de dentro . . . . bem mais fácil.


Dava um pouco de dor nas costas para passar entre as anteparas . . .mas ajudaou a reduzir um pouco a barriga

Capa da roda de proa


Junho / Julho 2007
A capa da roda de proa foi construída usando-se 7 pranchas de cedro aparelhadas visto que seria um disperdício enorme construí-la a partir de uma peça só. O primeiro passo é determinar as medidas da capa da roda de proa em cada uma das faces das pranchas. Fiz isso interpolando as mediadas fornecidas na planta usando semelhança de triangulos numa tabelinha no excel. A seguir marquei as linhas centrais.


Após a colagem a peça ficaria como mostram as fotos a seguir.



 As fotos a seguir mostram as marcações feitas em cada uma das pranchas.



As marcações só foram feitas no lado da prancha cujas dimensões eram maiores (lembrar que o perfil da capa da roda de proa se aproxima de um trapézio, portanto existe uma base maior e uma base menor). Usando a serra tico-tico cortei cada uma das pranchas e colei
Depois foi só lixar para aparar as arestas.
Isso na teoria, pois após todo o processo executado usei barras rosqueadas para manter as peças juntas com a "esperança" que depois conseguiri tirá-las . . . .resultado (veja foto abaixo)


Essa peça esta até hoje no canto da oficina . . .
Refiz uma nova peça pois não havia santo que conseguisse tirar as barras rosqueadas. Na nova peça as barras rosqueadas só foram usadas como guia até a fixação dos grampos.
LIÇÃO: para retirar metal colado com epoxy aqueça.